Viva,
Eu sinceramente penso que tanto passo intermédio com as lixas é desnecessário. Como o Pedro Malheiro referiu, e com quem concordo, usar uma granulação agressiva vai apenas dificultar o trabalho; a ideia é remover a oxidação sobre o policarbonato (que normalmente corresponde à camada protectora colocada sobre o farol em fábrica), e para isso no máximo dos máximos deve-se usar uma lixa 800, isto numa óptica em mau estado. As marcas deixadas não são fáceis de se remover. Obviamente que a escolha da lixa deverá sempre ser adaptada ao estado da óptica.
Uma lixa entre os 1000 e os 1500 de granulometria é suficiente, e na minha opinião, adaptadas para a remoção da oxidação e regularização da superfície. Para acabamento final, uma 2000 é a ideal, aplicar granulometrias inferiores é, na minha opinião, infrutífero.
O polimento fará o resto: normalmente um polimento com polish e esponja de corte acaba por remover as restantes marcas, e a seguir o PlastX faz o resto.
Gostaria de deixar uma ressalva: por vezes, especialmente em ópticas mais velhas ou sujeitas a mais agressões, há marcas que não se conseguem retirar, mas que são próprias de agressões ou erosão do material, do próprio carbonato. Por vezes encostos, pedradas mais agressivas, provocam algo parecido a microfissuras; as pedradas normalmente deixam porosidades; e ao tentar remover-se isto com a lixagem está-se a remover imenso material, e deixar a óptica fragilizada, e a sua integridade comprometida.
Há que conseguir um bom compromisso entre o aspecto, e a preservação do material. Nunca se esqueçam disso!